Centro de Informações Pampulha

Memorial

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Trata-se de um concurso de projeto para a criação de centro de informações para turistas na lagoa da pampulha, logo ao lado da Igreja da Pampulha projetada por Oscar Niemeyer e com paisagismo feito por Burle Marx.

Respeitando a hierarquia dos projetos, a implantação é sutil ao terreno e adaptado ao traçado original do paisagismo de Burle Marx; a volumetria não se destoa da arquitetura de Niemeyer e, sobretudo, a geografia e a natureza envolvem a concepção projetual.

A partir das diretrizes, o projeto partiu de dois volumes interseccionados, criando um jogo de cheios e vazios. O bloco longitudinal contém a área de serviços( banheiros, vestiários, cozinha e despensa) o café, balcão de atendimento e espaço social. Este se encontra nos limites do terreno com a lagoa, deixando um espaço frontal com o paisagismo já existente. A loja e o espaço de exposição pertencem ao volume perpendicular que extrapola o terreno sobre a lagoa. Assim, não somente a área de exposições contemplará obras expositivas, mas também a natureza e o entorno.

Seguindo o preceito da contemplação do entorno natural, houve a necessidade de se inserir um mirante que colocasse os usuários em contato com a água. Ao invés de implementar um mirante no nível do terreno, foi elaborada uma intervenção ao nível d'água: uma passarela que permite ao usuário ampliar seu campo de visão, ampliando também para si o devido sentimento de liberdade oferecido pelo elemento água.  Não só a inserção do infopoint encoraja a experiência do convívio com o natural, mas também respeita e enaltece o entorno: ao invés de pôr-se como um obstáculo visual, coloca-se sutilmente como um enquadro à paisagem.

Tem-se aqui um objeto arquitetônico cuja forma é esculpida pelo contexto em que se inserirá. Ora analogia, ora contraste, articuladamente modelam as diretrizes projetuais, e a natureza como instrumento delineador  daquilo que se conforma como um novo instrumento de utilidade pública na Pampulha.

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